Serviços de Gerenciamento de Frotas estão sufocando as micro e pequenas empresas de reparação de veículos
Vejam o contraponto, enquanto o SEBRAE gasta milhões estimulando a competitividade das micro e pequenas empresas de oficinas de veículos, as empresas de cartões corporativos de frotas jogam este investimento no lixo e faturam em cima dos pequenos negócios em detrimento da segurança da frota pública
As administradoras de serviços de gerenciamento de frotas que atuam de forma predatória no setor público vem causando prejuízos as micro e pequenas empresas de reparação de veículos, pois além de praticarem preços abaixo do mercado, alargam os prazos de pagamento ,empurrando estas empresas para antecipação de recebíveis nas financeiras das próprias administradoras, o que é um verdadeiro absurdo e vai totalmente na contra mão do que prega o Governo Federal de que as micro e pequenas devem ser apoiadas pois são as geradoras de emprego e renda.
Este é um entendimento do resumo extraído do relatório do Conselho Temático de Micro e Pequenas Empresas da FIEMA – Federação das Indústrias do Estado do Maranhão e apresentado em reunião da Associação SINDIREPA BRASIL pela presidente do Sindirepa Maranhão, Leonor Gomes de Carvalho. Não é a primeira que a presidente apresenta esta ocorrência, demonstrando que o assunto só se agravou e algo necessita ser feito. Nesta direção o SINDIREPA BRASIL iniciará estudos nos vários estados, elencando quem são estas empresas que atuam como sangue sugas das oficinas independentes para então atuarmos de forma enérgica no combate a este que está se revelando mais um escândalo de abuso do poder econômico em nosso país.
Vale destacar que a Lei Federal nº 8.666 de 21/06/1993 – “Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências”, que dá base para este assunto tem alguns pilares interessantes de serem analisados, isto é, parte do princípio da “economicidade” o que dá poderes de quarteirização para empresa privada credenciar oficinas (vale destacar, sem qualquer critério, mesmo havendo legislação maior sobre elas como por exemplo ambiental), julgamento pelo sistema de “vantajoso”, leia-se financeiro, para o órgão público e não avalia segurança, qualidade, procedência (algumas peças tem certificação compulsória no país conforme determina o Inmetro), etc., e “viabilidade técnica”, isto é, colocam tudo junto, serviço, peças e combustíveis, o que leva o arrochamento de preço não só em oficinas, mas em uma cadeia de valor, o que torna mais desastroso o processo e suas consequências.
Bem, situações descabidas como estas não podem passar impunes e devem ser fiscalizadas pela sociedade com o objetivo de se encontrar alternativas harmoniosas para todos os elos envolvidos, respeitando aqui a problemática do órgão público em gerenciar complexas operações, o estabelecimento de regras mais justas e competitivas para as micro e pequenas empresas de oficinas de veículos mediante o atendimento de legislações vigentes nas área de meio ambiente e qualidade, e uma ampliação de possibilidades para as candidatas a gestora de frotas diante dos vários instrumentos disponibilizados no mercado, destacando aqui a tabela oficial e nacional de tempos de serviços que está em sua fase final pela Associação SINDIREPA BRASIL, cujo objetivo é colaborar com o Ministério Público e passar a transparência necessária aos consumidores, sejam eles pessoa física, jurídicas e mesmo órgãos públicos.